Tudo começou na china China, mais ou menos no século II A.C.. O papel era confeccionado com arroz e usado sem nenhuma impressão. Tempos depois começou a ser feito como os pergaminhos e decorados com tinta vegetal, tudo produzido à mão e depois com carimbos decorativos, feitos de madeira, para decorar os palácios dos imperadores e mandarins.
Com a aproximação do continente europeu ao mercado asiático o papel de parede entrou na europa pelas mãos de comerciantes árabes que aprenderam a produzí-los com os chineses. Passou então a serem usados para decorar paredes, substituindo a tapeçaria da época por serem mais baratos e práticos, obtendo o mesmo resultado.
Com a chegada de artistas renascentistas italianos na França, a convite de Francisco I, surgiram os padrões totalmente europeus. Contudo, as folhas continuavam a ser demasiado pequenas e a qualidade da reprodução, mediana; tudo em um ritmo de produção muito lento.
Em 1630, foi inaugurada a primeira fábrica de papel de parede, a Papel-Toutisses, na cidade de Roven, França.
Em 1675, o gravador francês Jean Papillon aplicou na fabricação dos papéis o mesmo princípio utilizado na gravura: a passagem dos desenhos para blocos de madeira, possibilitando também o uso da cor sem restrições técnicas. Coloridos e baratos, os papéis de parede foram usados em bolsas, originando uma moda que definitivamente se popularizou no século XVIII.
Em 1770, Jean Papillon inaugurou em Paris uma fábrica de papéis pintados com gravuras sem restrições de cores.
Em 1870 também na França, Juan Zuber instalou sua fábrica de papel de paredes onde foram aperfeiçoadas as técnicas de impressão com corantes. A fábrica de Zuber também lançou o primeiro rolo com mais de 4 mts de papel de parede pronto para uso.
Foi em 1634, na Inglaterra na cidade de Cambridge que começou a produção dos papéis multicoloridos.
Em 1783, a chamada Manufatura Real lançou o estilo rococó francês, que passou a ser o papel mais vendido e procurado de Londres.
Em 1814, surgiu a máquina de impressão, inovando o processo de fabricação do papel.
A máquina inventada por Konig confeccionava com precisão fibras de algodão ou seda sobre a tinta, resultando, pela transparência e sobreposição, motivos com relevo. Assim surgiu o chamado flock.
O papel de parede surgiu no Brasil através da imigração européia no final do século XIX. Porém, a importação desse produto era pequena, em função dos altos custos, sendo esquecido por anos.
Na década de 60, com a modernização da indústria brasileira, os custos foram reduzidos e o papel tornou-se enfim popular, revestindo paredes de lares e escritórios.